quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Escuro, é apenas o que tu sente nesse beco sem fim rotineiro, corriqueiro, morto, infernal.
O que fazer quando nada, apenas o nada tem sentido?
Se jogar no nada te fará inexistir como a flor que morre e despedaça cada pétala.
O medo fará com que viva como sempre viveu, mediocremente.
O amor pra você nunca existirá, se é que existiu um dia, e apenas o escuro, o frio e nada mais estarão no teu coração.
Porque mudar?
Porque hesitar, se nada faz sentido, se nada te fará feliz?
Algo surge e simplesmente balança tudo, como se fosse uma promessa de sentido existencial.
Amor.
Amor verdadeiro e profundo.
Alguém que se importa contigo aparece e faz de cada segundo do teu dia melhor por saber que ele está ali pra cuidar, se importar e se dedicar ao máximo.
Apenas deite-se.
Deleite-se.
Deixe seu medo de lado e se arrisque.
O amor não te fará mal em nenhum segundo que seu coração bater mais forte.


Estarei aqui, com minha lareira acesa, com bons livros e um café pronto te esperando.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Realidade

Já tem um tempo que não posto por aqui, mas hoje darei espaço a um texto um tanto metafísico, filosófico e reflexivo, espero que degustem com moderação.

Se eu posso saber o que é Real, eu tenho duas possibilidades; a primeira: minha consciência é separada do mundo exterior, eles (minha consciência e o mundo exterior) existem por eles mesmos, são independentes, se minha consciência existir não posso dizer nada do mundo fenomênico, portanto só posso saber se ela é Real; mas o que é ser Real? Ser Real é existir independentemente de qualquer outra coisa, ser eterno e não ser passível de transformações. Portanto, se eu não for Real, não vai alterar em nada no mundo exterior e este último é Real. Se o mundo externo não for Real, não vai alterar em NADA em mim, logo eu sou Real; e completando, se nada for Real (nem eu e nem o mundo exterior), serei incapaz (mentalmente) de dizer o que é Real e se os dois forem Reais, provavelmente teremos dependência entre o interior e o exterior e entramos na segunda possibilidade: eu e o mundo exterior somos dependentes, i.e., há um grau por menor que seja de dependência entre os dois entes.

Aqui essa possibilidade se divide em duas, pois qual é dependente de qual? Pode haver uma hierarquia, uma é causa e outra é efeito. Podemos ter o mundo exterior como causa? Se for assim nosso "eu" depende do mundo exterior e através dos nossos sentidos, aquele nos comanda e portanto somos Reais (o mundo exterior sendo causa e "eu" sendo efeito), mas se eu sou efeito do mundo exterior, tudo em mim é o mundo exterior e eu sou apenas a "manifestação" dele, logo não existo. Já eu sendo a causa, é através de nossos sentidos (físicos ou não) que manifestamos o mundo exterior, portanto o exterior não existe e só eu sou Real.

Essas são as possibilidades, hipóteses e por algum experimento elas devem passar.

Vamos a (uma tentativa d') ele.

Se eu quiser mover alguma cadeira, primeiro penso em mover, penso então em como mover e concluo o pensamento. Caso eu queira mover, eu adquiro vontade e a concluo e logo depois ajo, concluindo a ação e manifest(ação). 
Eu alterei o mundo exterior. Vamos para o outro lado da moeda.
A cadeira pensa em mover? Não, então não conclui o pensamento.
Ela quer me mover? Não, pois não concluiu o pensamento (lá em cima) e portanto a vontade é nula.
Ela me move? Não, pois não concluiu o pensamento (novamente), nem a vontade, nem a ação.
Concluimos que se alguma parte do todo não é causa, o todo não pode ser.
Foi percebido então que eu sou causa e o exterior é efeito, logo só posso dizer que eu sou Real.

Se, por esse modo, posso dizer que eu sou Real é porque tenho uma mente e consciência, e todos os portadores desse objeto são causadores, mas se as ações de todos os portadores forem independentes entre si há caos.



Por exemplo, se forças num sistema físico forem opostas umas às outras, não há força resultante e não há movimento e/ou ação resultantes. As forças (todas ou a maioria) devem estar em harmonia em uma direção e em um sentido e gerar força resultante.
Podemos fazer o contrário, quando há uma força resultante, podemos decompô-la em infinitas forças infinitesimais.
Fazendo uma analogia, podemos demonstrar que as infinitas forças são todos os portadores de mente e a força resultante é a Mente Infinita e Total.
Então ela é, portanto, a única causa e a única Realidade.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Igualdade diferente






Como prometido, essa é a vez de um post informal hehe. Alguns podem até reclamar de tamanha informalidade como a própria onomatopéia ^. Pois é, hoje irei falar de um tema que me impressiona no dia a dia e que já devia todo mundo estar consciente disso. Depois de aproximadamente 7000 anos de evolução o homem ainda não aprendeu que somos diferentes um dos outros e que devemos compreender e amar as diferenças, não apenas tolerar ou "aceitar". Eu vejo esse tipo de aceitação como algo obrigado "- Ah, ele é diferente de mim, então ele tá errado, mas eu vou aceitar ele, o bixinho, tenho peninha dele por ter nascido diferente de MIM". É esse "mim" o problema. O grande problema do século, o egoísmo. Todo mundo baseia sua vida em termos e normas que você mesmo cria, e se as coisas forem diferente do que você quer, já viu né, ou é raiva ou tristeza. Pff...Isso realmente é uma coisa triste, humanidade!

Há pouco tempo atrás os homens diziam que os negros não tinham alma, nem eram gente. Não tinham nenhum direito, absolutamente por causa da sua cor, da sua diferença racial. Pura e simples ignorância. Hoje isso já foi deixado de lado legalmente e judicialmente, hoje pelo menos a maioria consegue compreender que foi um erro termos achado que negro não tinha alma, mas algumas diferenças ainda nos causam espanto e preconceito. O que fez com que deixássemos de tratar os negros de forma tão perversa? O conhecimento em parte, mas principalmente a iniciativa de revoluções e reivindicações em tribunais do mundo todo.

As mulheres até pouco tempo atrás tinham poucos direitos, e eram tratadas como inferiores ao homens. Novamente, pura ignorância. Ignorância no sentido da não-gnose, da falta de conhecimento sobre o assunto.

A humanidade trata das diferenças como demarcadas e finais.

Negros não tem alma.
Mulheres são inferiores aos homens
Homossexuais são pervertidos e contrárias a lei natural.
Judeus não tem alma e não merecem viver.
Muçulmanos são terroristas.
Cientistas são satânicos.

E...Para pra pensar, que os cristãos também foram massacrados, torturados por um simples pré-conceito.

Cristãos são contrários a lei divina. Pois é gente, esse preconceito também existiu.

Até quando você vai continuar com seu preconceito ignorante?

Devemos nos unir nas diferenças. Todos temos gostos diferentes, eu gosto de rock, fulano gosta de forró, eu gosto de frio, cicrano gosta de calor, eu gosto de doce, beltrano gosta de salgado.

Porque devo eu discriminar alguém, só porque esse alguém age ou pensa ou fala ou é diferente de mim?

Não somos todos humanos vivendo nesse planeta tão belo e rico? Não deveríamos todos amar uns aos outros independentemente de qualquer coisa?

Se não houvesse a diversidade, que aprendizado nós teríamos?

Se não consegue amar, pelo menos respeite as diferenças, afinal você também é diferente de todo mundo.

Todos somos diferentes...

...Mas todos somos iguais, na diferença.


Ame, não julgue.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Libertas

        

          A sociedade é um conjunto de indivíduos que se interrelacionam formando um todo complexo, onde leis e normas devem ser regidas para que a classe social possa evoluir de maneira harmoniosa. Essas leis são baseadas na ética, que constitui o bom modo de viver, individual e social. Elas delimitam a liberdade pessoal para que esta não interfira de outrem.
          Para qualquer um exercer sua liberdade de expressão, esta tem de estar de acordo com o bem social e não deveria estar baseada somente nos impulsos emotivos do opinante, pois como diz o ditado, "sua liberdade termina quando começa a dos outros", a sociedade pode ser prejudicada por uma liberdade sem limites.
          Um articulista de opinião além de ter em vista a ética e os costumes da sociedade em que está inserido, deve estar atento à concretude de sua opinião. A base de provas dos fatos que estão sendo expostos é fundamental em qualquer circunstância, pois o comunicador pode ser acusado de calúnia e difamação.
          Devido ao conjunto de leis que forma a justiça, cada indivíduo é limitado em termos de liberdade de expressão para poder tornar a sociedade ordenada e harmoniosa.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Formal ou informal? Eis a questão...

Hoje em dia o que preocupa em textos é saber se é necessário usar a formalidade e a língua culta. Sabemos que em certas situações, por exemplo em redações de vestibulares e concursos é obrigatório o uso da formalidade, porém em blogs não existe essa determinação e é comum lermos textos informais, com gírias, neologismos, até palavrões. Concluímos então que o tipo de uso da linguagem depende pra quem você está escrevendo e qual o objetivo do texto.

A formalidade hoje em dia é bonita, romântica, elegante em seus aspectos tanto argumentativos quanto morfológicos, porém ela às vezes pode não atingir com determinado grau e clareza a certo público, por exemplo, os adolescentes que acostumados com sua linguagem clara e rápida podem não conseguir compreender de forma satisfatória certos textos. Essa linguagem coloquial tem essa vantagem, chegar de forma mais rápida e clara a determinados públicos, o único problema é que não é democrático e pode não chegar de forma esperada em outros públicos mais cultos ou diferentes. Seria algo como fast-text, que apesar de sua economia, rapidez e facilidade de entendimento, pode causar mal-estar e não é tão saudável assim. Uns preferem esse "texto rápido", assim como preferem comer hambúrguers, massas instantâneas, etc. Outros preferem textos talhados acuradamente, estéticos e logicamente estruturados, da mesma forma que preferem comidas sofisticadas, como a alta gastronomia.

Então, irei satisfazer a gregos e troianos. Escreverei alternadamente um texto informal e um texto formal. Assim podemos degustar com prazer diferentes sabores de linguagens, sem prejudicar nossa saúde mental. Como esse primeiro post é um discurso metalinguístico, irei abordar os temas que estão por vir em nosso blog:

- Arte
- Atualidades
- Política
- Sociedade
- Ciência
- Tecnologia
- Criatividade
- Metalinguagem
- Filosofia
- Literatura
- Cinema
- Música
- Fotografia

E outras coisas mais que pudermos achar interessante. Já adianto que não sou expert em nenhum desses assuntos abordados acima, como o próprio título do blog apresenta: "Apenas mais uma idiossincrasia."

Até mais.